segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Showtime encomenda novos episódios de ‘Twin Peaks’

Confirmando rumores que iniciaram há alguns dias na Internet, o Showtime anunciou a encomenda de nove episódios de uma minissérie que trará Twin Peaks de volta à TV.
Os rumores começaram quando David Lynch e Mark Frost, criadores do clássico da década de 1990, postaram no Twitter mensagens que sugeriam o retorno da série.
A produção terá início em 2015, com estreia prevista para 2016, quando Twin Peaks celebrará 25 anos de seu encerramento. Mas o mais importante de tudo, Lynch e Frost serão responsáveis pelos roteiros, sendo que o primeiro cuidará da direção.

 
A minissérie será situada nos dias atuais, mais de duas décadas após os eventos ocorridos no final da série. Ainda não foi divulgado o elenco dos novos episódios mas, acredita-se que Kyle MacLachlan, intérprete do agente Dale Cooper, volte a estrelar a produção. O ator foi fotografado conversando com Lynch, em foto postada por Kyle em seu perfil do Twitter.
Durante anos Lynch e Frost se recusaram a retornar ao universo de Twin Peaks, série que promoveu uma revolução nos seriados dramáticos americanos (confiram meus comentários sobre a série aqui). Em entrevista ao Deadline, Frost disse que eles mudaram de ideia depois que o Box da série foi lançado em 2007. Em meados de 2011, os dois começaram a se reunir para trocar ideias sobre como trazer a trama de volta à TV.
O projeto foi oferecido ao Showtime, que está sob o comando de David Nevins, fã da série. Seu braço direito é Gary Levine, que atua como um dos diretores de programação do canal. Levine era o produtor executivo da rede ABC na época em que Twin Peaks foi exibida.
O enredo ainda não foi definido mas, segundo Frost, a trama tratará do grande mistério que é Twin Peaks, incluindo situações que já foram apresentadas na série original.
Para aqueles que ainda não conhecem Twin Peaks, ela foi recentemente lançada em Blu-Ray no Brasil com material Extra inédito.

Fonte: Temporadas

terça-feira, 9 de setembro de 2014

O campo unificado de David Lynch

HILARIE M. SHEETS
DO "NEW YORK TIMES" 

O ateliê de pintura de David Lynch, numa cobertura em Hollywood Hills, tem subprodutos de seu trabalho espalhados por toda parte. Pinturas com figuras toscas, de aparência infantil, fazendo coisas ameaçadoras estão apoiadas contra as paredes, desenhos inacabados se espalham sobre a mesa enorme e bitucas de cigarros cobrem o chão.


Enquanto seu trabalho como diretor de cinema —"Eraserhead" (1977), "Veludo Azul" (1986), "Cidade dos Sonhos" (2001)— e seu seriado de TV "Twin Peaks" (1990-91) permearam a consciência pública, a arte visual de Lynch é quase desconhecida.

Mas foi com a pintura que ele começou, na Pennsylvania Academy of the Fine Arts, em Filadélfia, em 1966 e 1967, e é com a pintura que ele continua a trabalhar mais ativamente. Sua primeira retrospectiva em um museu dos Estados Unidos, "David Lynch: The Unified Field" [David Lynch: o campo unificado], será aberta na Pennsylvania Academy em 13 de setembro.

"Adorei o tempo em que estudei na academia", disse Lynch, sentado à sua mesa de trabalho, tomando café e fumando. "O prédio era quase negro. Filadélfia inteira era coberta por um tipo de pátina de pó de carvão e um clima que era espetacular. Havia violência, medo, corrupção, insanidade, desespero, tristeza, tudo isso na atmosfera daquela cidade. Eu adorava as pessoas de lá. Todas essas coisas, do jeito que fosse, tudo isso foi minha maior influência."

A retrospectiva reúne pinturas e desenhos de cinco décadas.
"Acho que o mundo artístico olhava David com desconfiança, apesar de ele ter estudado artes plásticas", disse Brett Littman, diretor executivo do Drawing Center, em Nova York.
Lynch, que tem 68 anos, disse que sempre teve medo de ser visto como "pintor celebridade" e nunca procurou expor seus trabalhos ao público.

Nascido em Missoula, Montana, Lynch pintava quando era criança, mudando de cidade conforme as exigências do trabalho de seu pai, pesquisador do Departamento de Agricultura. Em Alexandria, Virgínia, aos 14 anos, conheceu um amigo de seu pai, artista plástico profissional que virou seu mentor. "Quando descobri que adultos podiam fazer arte, passei a só querer fazer isso", ele comentou.
Em 1967, contou, ele recorda ter visto plantas começarem a se mexer em sua pintura. Ele e Bruce Samuelson, outro estudante, trocaram ideias para animações, e Lynch comprou a câmera mais barata que conseguiu encontrar.

Seu esforço para criar uma "pintura móvel" resultou em "Six Men Getting Sick" [seis homens adoecendo], instalação multimídia pela qual dividiu o primeiro prêmio do concurso de pintura experimental da escola naquela primavera. Ele criou uma tela em grande escala de resina, da qual se projetavam três impressões de sua própria cabeça. Sobre essa superfície esculpida, projetou uma sequência repetida de um minuto, pintada à mão, animando seis cabeças em várias etapas de mal-estar. Enquanto uma sirene uiva e os rostos se distorcem, seus estômagos se enchem de fluido e este irrompe de suas bocas.

"Era uma pintura, era uma animação, era uma escultura cinética", disse Samuelson, que a viu exposta pela primeira vez. "Todo mundo enlouqueceu."

A retrospectiva na Pennsylvania Academy também expõe seus experimentos contínuos no cinema, combinando animação e ação ao vivo: "The Alphabet" (1968) e "The Grandmother" (1970), em que um garoto sedento de amor faz uma avó "coruja" nascer de uma cápsula. Graças ao filme, Lynch foi aceito como membro do American Film Institutote, em Los Angeles, para onde se mudou com sua família em 1970. Durante boa parte da década seguinte ele se ocupou em criar "Eraserhead", seu primeiro longa-metragem, que, segundo Lynch, "nasceu de Filadélfia".

"Como pintor, você faz tudo você mesmo, e eu pensei que o cinema fosse assim", disse Lynch. "Mas você tem pessoas que o ajudam." E foi o que aconteceu com "Eraserhead".

Agora o refinamento das pinturas deu lugar a um estilo ainda mais intencionalmente ingênuo e bagunçado, sugerindo a perspectiva de uma criança.

"Gosto de pensar muito perto de minha própria realidade", disse Lynch, que tem uma filha de 2 anos com sua mulher, a atriz Emily Stofle. Ele hesita em mostrar qualquer trabalho em curso. "Neste momento estou perdido numa transição", explica. "O velho morreu, e ainda não sei o que é o novo."

Fonte: Folha de São Paulo

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

David Lynch lança desafio do balde de gelo a Vladimir Putin

O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, foi mais uma vez escolhido para participar do desafio do balde de gelo, viral de Internet criado para ajudar uma associação que cuida de pessoas que sofrem de esclerose lateral amiotrófica.

Dessa vez, o nome do chefe de Estado foi citado em vídeo publicado pelo diretor de cinema norte-americano David Lynch, que, alterando as regras da iniciativa de forma um tanto excêntrica, verteu sobre si um total de dois baldes de água com gelo e café, enquanto tocava a canção “Over The Rainbow” no trompete.



Vladimir Putin já havia sido desafiado pelo ator Vin Diesel, mas se recusou a participar. Segundo o jornal The Independent, o porta-voz do presidente russo, Dmitri Peskov, declarou que ele não sabia sobre o desafio e que "tinha outros compromissos na agenda". De acordo com as regras da campanha, os desafiados têm 24 horas para jogar em si um balde de gelo e/ou doar US$ 100 em prol de pesquisas sobre a doença esclerose lateral amiotrófica.

Fonte: Diário da Rússia

terça-feira, 6 de maio de 2014

Veja “The Big Dream”, clip de música de David Lynch dirigido por Moby

Numa inversão do que se espera, o cineasta David Lynch gravou uma música que teve seu clipe filmado pelo músico Moby. O cantor e produtor de música eletrônica também remixou “The Big Dream”, que faz parte do álbum homônimo do cineasta David Lynch (“O Império dos Sonhos”), transformando-a praticamente numa música nova.
A cantora Mindy Jones (da banda de Moby) é responsável pelo novo vocal da canção, e conseguiu carregar um tom sombrio na sua voz que combina bastante com a própria áurea mística do cineasta. Além disso, o vídeo apresenta um clima tipicamente “lynchiano”, com fotografia em preto e branco, luzes piscantes e personagens bizarros ao fundo.
Lançado em 2013, “The Big Dream” foi o segundo álbum musical de David Lynch, que enveredou pela nova carreira com o disco “Crazy Clown Time”, em 2011.

Fonte: Pipoca Moderna

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

David Lynch filma cenas novas para Twin Peaks

twin peaks poster 1 400x529 David Lynch filma cenas novas para Twin Peaks
O cineasta David Lynch (“Império dos Sonhos”) vai retornar ao universo da série “Twin Peaks”. De acordo com uma notificação de escalação de elenco, o diretor vai filmar cenas inéditas para um novo material promocional da atração que marcou os anos 1990.
Segundo o anúncio, a produção está em busca de atrizes jovens para o papel de uma garçonete, e que as filmagens durarão seis dias, com direção do próprio Lynch, marcando o retorno do cineasta ao universo da série encerrada em 1991.
Especula-se que se trata de um comercial para um lançamento da série em Blu-Ray, mas existe também a possibilidade desse mesmo material ser usado como extra nos discos.
A trama de “Twin Peaks” acompanhava o agente do FBI Dale Cooper (Kyle MacLachlan, da série “Desperate Housewives”), que chega até a cidade de Twin Peaks para investigar o misterioso e brutal assassinato da jovem Laura Palmer (Sheryl Lee, de “Inverno da Alma”).
A série foi um enorme sucesso na sua 1ª temporada, exibida em 1990, mas depois disso Lynch passou a ser pressionado pelo estúdio para revelar quem era o assassino. Com a revelação, feita durante a 2ª temporada, a série perdeu audiência e acabou sendo encerrada abruptamente. O seriado ainda deu origem a um filme, intitulado “Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer” (1992), que visava desvendar alguns dos mistérios que cercavam a personagem-título.
Curiosamente, num dos episódios da série, o fantasma de Laura Palmer suspirava no ouvido de Cooper que eles se encontrarão de novo depois de 25 anos. Como a série se passava em 1989, a conta bate, e pode ser que esse seja o tal encontro mencionado.
O box em Blu-ray de “Twin Peaks” chega às lojas americanas em 26 de março.

Fonte: Pipoca Moderna